Grandes Economistas

 

Robert Lucas e as expectativas racionais

robert-lucas-jr

“Poucos economistas terão a honra de serem

identificados como criadores de uma “escola”.

Esse é o destino de Lucas: ser definitivamente

associado à criação da nova economia clássica.”

Antonio Delfim Netto

 

Robert Lucas Jr. nasceu em Yakima, Washington, no ano de 1937. Graduou-se em História em 1959 na Universidade de Chicago, obtendo seu PhD em Economia  pela mesma universidade. Foi professor na Universidade Carnegie-Mellon de 1963 a 1974; desde então leciona na Universidade de Chicago. Foi agraciado com o Prêmio Nobel de Economia em 1995.

 

Rápidas pinceladas sobre sua vida

Robert Lucas Jr. é o filho mais velho de Robert Emerson Lucas e Jane Templeton Lucas. Seus pais mudaram-se de Yakima para Seattle para abrir um pequeno restaurante. Foi no sistema público local, mais precisamente na Roosevelt High School, que Lucas concluiu o ensino médio.

Como era bom em matemática e ciências, Lucas poderia estudar engenharia na Universidade de Washington, em Seattle, o que seria a seqüência natural. Ou poderia sair de casa e tentar vôos maiores, para o que tinha o apoio dos pais, desde que recebesse uma bolsa de estudos. O MIT (Massachusetts Institute of Technology) não lhe concedeu a bolsa pretendida, mas a Universidade de Chicago, sim. Diante dessa oportunidade, ele não hesitou em fazer uma viagem de trem de 44 horas de duração para Chicago, onde, anos mais tarde, escreveria seu nome no panteão dos maiores economistas de todos os tempos.

Depois de concluir sua graduação em História na Universidade de Chicago, Lucas obteve outra bolsa de estudos, a Woodrow Wilson Doctoral Fellowship, com a qual iniciou o programa de pós-graduação em História na Universidade da Califórnia, em Berkeley. Durante sua estada em Berkeley, Lucas assistiu algumas de História Econômica, encantando-se pelo assunto e se interessando em conseguir a transferência para o curso de Economia. Como, porém, não havia esperança de conseguir suporte financeiro para fazer o curso no Departamento de Economia de Berkeley, Lucas decidiu voltar para Chicago, onde aproveitou o restante do semestre letivo para assistir algumas aulas do curso de graduação como preparação para o verdadeiro início no semestre seguinte.

Foi então que recebeu duas fortes influências, como ele mesmo reconhece: de Milton Friedman, que foi seu professor de microeconomia (teoria dos preços), e de Paul Samuelson, através de seu famoso livro Foundations of economic analisys.

Foundations diz: “Esta é a forma de fazer [a análise econômica]”. Ela lhe conta o segredo de como participar do jogo, em vez de iludi-lo com grandes promessas. Acho que foi a combinação do livro de Samuelson e a aula de Friedman que me meteu nessa.

Um comentário interessante a respeito da trajetória intelectual de Robert Lucas foi feito pelo Prof. Antonio Delfim Netto, logo após a notícia de que ele havia recebido o Prêmio Nobel. Em artigo publicado na Folha de S. Paulo, afirmou:

O que há de interessante em Lucas é que se graduou em história (1959) em Chicago e deslocou-se para Berkeley para doutorar-se. Descobriu no caminho que “as forças econômicas são as forças centrais da história” e decidiu conhecer um pouco de economia. Em lugar de perder-se como mais um historiador marxista ou institucionalista, como seria de esperar, transformou-se num autodidata em matemática, explorou a econometria do mercado de trabalho e produziu modelos de grande complexidade e extrema beleza, mas que sugeriam estranhas conclusões. Levou às últimas conseqüências, com lucidez e perseverança, uma certa “racionalidade”.

Em 1963, Richard Cyert, então o novo diretor da Escola de Pós-Graduação em Administração de Empresas do Carnegie Institute of Technology (atual Carnegie-Mellon University) ofereceu a Lucas um cargo na instituição. Lá ele permaneceu por onze anos, fazendo parte de um memorável grupo de economistas (entre os quais John Muth) interessados na dinâmica e na formação das expectativas.

Depois de 11 anos na Carnegie-Mellon, Lucas retornou, em 1974, à Universidade de Chicago, como professor titular do Departamento de Economia. Em 1980 assumiu a condição de John Dewey Distinguished Service Professor at Chicago,  que mantém até os dias de hoje. Em Chicago, Lucas se beneficia do extraordinário clima intelectual da instituição que possui o maior número de laureados com o Nobel de Economia, entre os quais Gary Becker, Merton Miller e James Heckman. Como bem observa José Alexandre Scheinkman, o brasileiro que ocupou a chefia do Departamento de Economia da Universidade, “o almoço em Chicago é uma coisa muito importante porque conversamos muito sobre nosso trabalho com os colegas”.

Em 1995, Lucas recebeu o Prêmio Nobel de Economia, segundo Carl-Olof Jacobsson, secretário-geral da Real Academia de Ciências da Suécia, porque “seu trabalho sobre as expectativas racionais revolucionou as análises macroeconômicas e influenciou governos de todo o mundo”.

“Por ironia do destino”, como salienta Stanley Brue, “sua ex-esposa recebeu metade de seu prêmio de aproximadamente US$ 1 milhão, porque sete anos antes ele havia inserido uma cláusula no contrato de divórcio que previa tal possibilidade. A cláusula deveria expirar em 1996”.

As expectativas racionais revolucionando a macroeconomia

O primeiro artigo relevante sobre as expectativas racionais foi publicado em 1961, por John Muth. Porém, o mesmo não despertou muito interesse, permanecendo esquecido por quase 10 anos. O reconhecimento da importância do assunto veio com o paper de Robert Lucas e Leonard Rapping, intitulado Salário real, emprego e inflação, publicado em 1969 no Journal of Political Economy (JPE), uma das mais renomadas revistas de economia de todo o mundo. Esse trabalho, como salienta Ricardo Feijó, “projetou o nome de Lucas por ter proposto um modelo de mercado de trabalho que seria mais tarde a base dos modelos da nova escola conhecida como novo-clássica”, cujas conclusões apóiam a tese de Friedman sobre a existência de uma taxa natural de desemprego.

A consolidação da teoria das expectativas racionais veio com a publicação de uma série de artigos publicados pelas mais renomadas revistas especializadas, não apenas de Lucas, mas também de Thomas Sargent, Neil Wallace, Robert Barro, Edward Prescott, Bennett McCallum e R. Townsend.

A idéia básica da teoria (ou hipótese) das expectativas racionais é bastante atrativa: os participantes do mercado não ignoram nem desprezam a informação e as previsões sobre o curso futuro da economia e sobre a atividade econômica. Eles antecipam racionalmente os efeitos das políticas governamentais e reagem no presente de acordo com as expectativas que se formaram. Os adeptos desta teoria crêem que os consumidores de bens, serviços e instrumentos financeiros, bem como os produtores destes itens reagirão frente às políticas fiscais, monetárias e demais medidas do governo através da aprendizagem dos efeitos destas políticas e medidas. As reações dos consumidores e produtores baseadas nas expectativas racionais dos efeitos destas políticas neutralizarão, total ou parcialmente, os efeitos desejados das políticas discricionárias, fiscais e monetárias, do governo.

Seus adeptos afirmam, portanto, que o governo tem pouco poder sobre os mercados. Todd Buchholz adverte para o fato de que “os teóricos das Expectativas Racionais, incluindo Robert Lucas e Thomas Sargent, começam com o mercado de ações e então fazem analogia com mercados mais amplos da economia”.

Robert Ekelund e Robert Hebert ilustram de forma clara a idéia central da hipótese das expectativas racionais:

Os participantes do mercado aprenderão através da experiência que os aumentos da taxa de expansão monetária ocorridos em função da atuação do Banco Central serão seguidos geralmente por uma taxa de inflação mais alta, a que se seguem taxas de juros nominais mais altas. As ações empreendidas no presente de acordo com esta informação, no todo ou em parte, frustrarão os objetivos políticos desejados pelo Banco Central. Se o BC aumenta a oferta monetária a fim de aumentar o emprego (prescrição keynesiana para atenuar a recessão), porém os trabalhadores  e as empresas antecipam perfeitamente os aumentos de preços resultantes, então os trabalhadores demandarão aumentos dos salários nominais. (É necessário que diminuam os salários reais para se obter um aumento do emprego). As empresas que antecipem o aumento de preços e o aumento de vendas estarão dispostas a conceder aos trabalhadores o aumento dos salários nominais. Nesta conjuntura, sem dúvida, os salários reais se mantêm iguais e a política desejada pelo Banco Central é imediatamente neutralizada. Os responsáveis pela política discricionária se opõem aos participantes do mercado. Em última instância – depois que a aprendizagem esteja assimilada e as expectativas se ajustem convenientemente –, os responsáveis da política influem pouco ou nada na economia. Podem tentar surpreender os participantes do mercado, porém não podem fazê-lo sempre. Para produzir algum efeito na economia, a política teria que se conduzir de uma forma aleatória.

A incorporação das expectativas na análise teórica não é propriamente uma novidade, já que diversos economistas anteriores a Robert Lucas já as haviam levado em consideração. A novidade reside no tipo de expectativa considerado por Lucas e pelos outros seguidores da chamada escola novo clássica.

Artigo publicado anos atrás por The Economist (e reproduzido no Brasil pela Gazeta Mercantil) foi extremamente didático para descrever a diferença no uso das expectativas pelos economistas do passado em comparação com o uso que dela faz Robert Lucas.

John Maynard Keynes reconhecia a importância das expectativas, principalmente no mercado de trabalho. O mesmo ocorria com muitos outros economistas antes dele. Mas a economia não dispunha de uma teoria plausível a respeito de como as expectativas se formam. Keynes colocou o problema de lado, considerando-o como sendo uma premissa e ponto. Ele tratava as expectativas como algo “exógeno” – ou seja, algo determinado fora do sistema econômico que estava tentando explicar.

Quando os seguidores de Keynes passaram a incluir o futuro nos seus modelos econômicos, viram-se obrigados a dizer um pouco mais sobre o assunto. Argumentaram que as pessoas fazem previsões a respeito do futuro examinando exclusivamente as coisas do passado.

O principal enfoque era o das expectativas adaptativas. Segundo essa visão, os agentes econômicos imaginam qual será a inflação do próximo ano implicitamente dando pesos aos índices de inflação dos anos anteriores. O índice do último ano receberia um peso maior e dos anos anteriores, peso cada vez menores. Não era mera coincidência que, com a finalidade de construir modelos, essa idéia pudesse ser expressa matematicamente de uma forma conveniente.

Um caso especial de expectativa adaptativa seria uma regra que dissesse que a inflação no próximo ano será idêntica à registrada neste ano. (Tal regra daria à inflação deste ano um peso igual a um, e às inflações de todos os anos anteriores um peso igual a zero). Aplicando-se esta regra a uma economia com inflação acelerada, o resultado seria que a inflação esperada fica abaixo da inflação real. Os erros de previsão seguem um padrão muito claro: são persistentemente negativos e aumentam cada vez mais.

Qualquer maneira de formar expectativas pela retrovisão implica que as pessoas farão erros não-aleatórios na previsão do futuro. Por exemplo, vamos supor que o preço do petróleo aumente repentinamente. Na medida em que os custos mais elevados forem repassados, outros preços deverão aumentar também. E assim uma alta repentina no preço do petróleo geralmente leva a uma inflação maior. O mesmo vale também para um grande aumento nos salários ou para um avanço no crescimento monetário. O enfoque das expectativas adaptativas ignora tais eventos; e quando a inflação posteriormente aumenta, as pessoas ficam surpresas.

Já no caso das Expectativas Racionais, tal fenômeno não ocorre – pelo menos da mesma forma.

A constatação de importância crucial da literatura a respeito das Expectativas Racionais (ER) é a seguinte: as pessoas aprendem com os erros cometidos. Se os erros seguem um determinado padrão, contêm informações que podem ser utilizadas para se fazer uma previsão mais exata. As pessoas racionais irão obter e usar essas informações – o que explica a denominação de expectativas “racionais”. As previsões resultantes, é claro, continuam podendo estar erradas. O que importa é que os erros serão aleatórios, ou seja, não conterão nenhum tipo de informação extraível. A idéia das expectativas racionais freqüentemente é parodiada com a afirmação de que as pessoas podem fazer previsões exatas. Não é bem assim. As pessoas com expectativas racionais continuam cometendo erros, mas não os mesmos todas as vezes.

Nós, brasileiros, tivemos excelente oportunidade de constatar a validade da hipótese das expectativas racionais no que tange à ineficácia das políticas governamentais com a sucessão de planos heterodoxos de combate à inflação na segunda metade da década de 1980. O Plano Cruzado, o primeiro desse tipo a ser lançado, em fevereiro de 1986, ainda conseguiu, com o tabelamento de preços e o congelamento de salários, manter baixo, artificialmente, o nível da inflação. Bastou liberar os preços e a inflação disparou, uma vez que suas causas verdadeiras não foram eliminadas. Os planos seguintes, no entanto, nem isso conseguiram, já que a trégua dada pela inflação era cada vez mais curta e quando ela voltava, fazia-o com vigor redobrado. O efeito cada vez menor desses planos deveu-se, em grande parte, ao comportamento dos agentes econômicos: tendo aprendido com a experiência do Plano Cruzado, passaram a se antecipar à possível repetição das práticas do tabelamento e do congelamento, de tal forma que quando planos com esses componentes eram adotados já chegavam completamente neutralizados pela ação racional de produtores, comerciantes, donas de casa, trabalhadores e demais atores do “teatro da economia”.

A teoria das expectativas racionais é, claramente, uma ampliação da hipótese monetarista, o que se explica pela forte influência exercida sobre Lucas por Milton Friedman e a Escola de Chicago. Como bem observa o Prof. Delfim Netto:

Na verdade, a nova economia é a volta à concepção de que a economia é um conjunto de atores que perseguem, consistentemente, a maximização de alguns objetivos bem definidos. Os indivíduos e as empresas formulam suas ações de maximização ou minimização intertemporal com base no melhor conjunto de informações disponíveis. Esse é o fundamento microeconômico da macroeconomia. O permanente equilíbrio dos mercados mais a expectativa racional na macroeconomia constituem a essência da nova economia clássica.

Além de superar um problema da velha visão clássica, que era a suposição de que a racionalidade dos agentes econômicos decorria do fato de disporem de informação perfeita, Lucas demoliu, na criação de sua macroeconomia com expectativas racionais, a esperança de construção de modelos econométricos para formular políticas econômicas, quando mostrou que os parâmetros de tais modelos dependiam, justamente, das expectativas sobre as próprias políticas econômicas.

Breve comparação

Depois de amplo domínio das idéias keynesianas na formulação das políticas econômicas dos países ocidentais implementadas nas décadas de 1940, 1950 e 1960, a ponto de justificar a disseminação do uso da expressão “consenso keynesiano”, os anos 1960 assistem ao acirramento do debate entre os keynesianos e os monetaristas, liderados por Milton Friedman, e que acabaram prevalecendo a partir da década seguinte, como afirmam Lima, de Paula e Sicsú:

Na década de 1960, Milton Friedman foi o grande crítico desse arcabouço teórico e da adoção de políticas econômicas ativas. Friedman contra-atacou afirmando que a moeda importa e que a política de gastos públicos é inócua pois apenas substitui gastos privados potenciais por gastos governamentais efetivos. Na verdade, essa década foi testemunha do auge e declínio do velho-keynesianismo. O keynesianismo vivia sua fase de glória no período conhecido como “ciclo de ouro” do capitalismo, em que crises e depressões pareciam superadas como resultado do êxito de políticas de sustentação da demanda agregada. No debate teórico, entretanto, os argumentos monetaristas já corroíam os fundamentos fiscalistas. Na arena política, a aceleração da inflação ao final dessa década, bem como a redução drástica do ritmo de crescimento das economias avançadas no início dos anos 1970, forneceram ao monetarismo a munição necessária para afirmar que a bonança dos anos de administração keynesiana havia sido passageira e agora tinha um preço alto a ser pago, qual seja, a estagflação.

Considerando, portanto, as duas correntes dominantes que disputavam a hegemonia no debate econômico da época e confrontando-as com a teoria das expectativas racionais, é possível selecionar algumas constatações interessantes. Se, como já mencionado, a teoria das expectativas racionais corresponde a uma ampliação da hipótese monetarista, com relação à economia keynesiana a diferença é radical. A esse respeito, o Prof. Delfim Netto destaca:

Os keynesianos têm dúvidas sobre as virtudes do mercado, enquanto a nova economia clássica crê que ele é feito de agentes racionais. Os keynesianos pensam que a oferta só é importante no longo prazo, enquanto a economia novo-clássica (como também é chamada) destaca o seu papel no curto prazo. Os keynesianos têm fé na ação das políticas monetária e fiscal para controlar a demanda, enquanto a economia novo- clássica tenta mostrar a sua irrelevância. Os keynesianos falam das “falhas do mercado”, enquanto os adeptos da economia novo-clássica falam das “falhas do governo”.

Sendo a evolução do pensamento econômico extremamente dinâmica, a ofensiva da economia novo-clássica, personificada na teoria das expectativas racionais, não ficou sem resposta por parte dos admiradores do velho Keynes, como mostram, uma vez mais, Lima,  de Paula e Sicsú:

Dentro da corrente principal, autores como J. Stiglitz, G. Mankiw e D. Romer, principalmente, retomaram, em meados da década de 1980, o debate com os novos-clássicos e elaboraram modelos refinados para mostrar que a mão invisível existe e é ineficiente. Fundaram então a vertente batizada de novo-keynesiana, uma corrente de pensamento cujo patronato seria novamente atribuído a Keynes. Não obstante tenham adotado a hipótese novo-clássica de expectativas racionais, esses autores reintroduziram imperfeições de mercado, novamente sob a forma de rigidezes de salários e preços, para explicar a ocorrência de equilíbrios com desemprego.

Com relação à visão monetarista, como já mencionado, a teoria das expectativas racionais representa uma ampliação da hipótese básica favorável a uma política monetária passiva, por acreditar que a parte real da economia é essencialmente estável.

Um Prêmio Nobel com enorme repercussão

Encerro este não tão breve artigo reproduzindo algumas manifestações que se seguiram à notícia da concessão do Prêmio Nobel a Robert Lucas, por acreditar que as mesmas constituem uma clara evidência do extraordinário impacto que a hipótese das expectativas racionais representou dentro da evolução do pensamento econômico.

“A concessão do Nobel de Economia a Robert Lucas é mais do que merecida” – Marcos Cintra Cavalcanti de Albuquerque (Professor da FGV-SP)

“Lucas já poderia ter ganho o Nobel há dez anos” – José Alexandre Scheinkman (na época, chefe do Departamento de Economia da Universidade de Chicago)

“Ele enterrou John Keynes” – Paulo Guedes (Professor e diretor do IBMEC)

“Ele só não ganhou o Prêmio antes porque era muito jovem” – Mario Henrique Simonsen (FGV-RJ)

“A teoria de Lucas está na fronteira entre o behaviorismo (estudo do comportamento humano) e a economia, porque lida com as expectativas racionais que as pessoas desenvolvem a partir das informações” – Carl-Olof Jacobsson (Real Academia de Ciências da Suécia)

“A concessão do Prêmio Nobel deste ano fez justiça a um dos maiores economistas do pós-guerra” – Aloísio P. Araújo (Professor da Escola de Pós-Graduação da FGV-RJ)

 

Referências e indicações bibliográficas

ARAÚJO, Aloísio P. Revolução na Teoria. Gazeta Mercantil, São Paulo, 11 e 12 de outubro de 1995.

BUCHHOLZ, Todd G. O mundo selvagem das expectativas racionais. Em Novas idéias de economistas mortos. Tradução de Luiz Guilherme Chaves e Regina Bhering. Rio de Janeiro: Record, 2000, pp. 315-327.

DELFIM Netto, Antonio. Lucas, o Nobel. Folha de S. Paulo, São Paulo, de 18 de outubro de 1995.

LIMA, Gilberto Tadeu, PAULA, Luiz Fernando de & SICSÚ, João (orgs.) Macroeconomia moderna: Keynes e a economia contemporânea. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

SANDRONI, Paulo. Dicionário de economia do século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2005.

AS EXPECTATIVAS e a realidade. Publicado originalmente em The Economist. Reproduzido pela Gazeta Mercantil.

Livros texto de História do Pensamento Econômico

BRUE, Stanley L. História do pensamento econômico. Tradução de Luciana Penteado Miquelino. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005, pp. 494 – 498.

EKELUND, Robert B. e HEBERT, Robert F. History of economic theory and method. 4ª ed. McGraw-Hill, 1996.

FEIJÓ, Ricardo. História do pensamento econômico: de Lao tse a Robert Lucas. São Paulo: Atlas, 2001, pp. 461 – 464.

SCREPANTI, Ernesto e ZAMAGNI, Stefano. Profilo di Storia del Pensiero Economico. Roma: La Nuova Italia Scientifica, 1991, pp. 314 – 316.

Referências e indicações webgráficas

http://cepa.newschool.edu/het/.

http://nobelprize.org/nobel_prizes/economics/laureates/1995.lucas-autobio.html.

BONOMO, Marco Antonio e BRITO, Ricardo D. Regras Monetárias e Dinâmica Macroeconômica no Brasil: Uma Abordagem de Expectativas Racionais. Disponível em http://epge.fgv.br/portal/arquivo/1259.pdf.

HOOVER, Kevin D. The rational expectations revolution: An assessment. CATO Journal; Spring/Summer92, Vol. 12 Issue 1, p81, 16p. Disponível em http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=buh&AN=9604083638&lang=pt-br&site=ehost-live.