Homenagem aos Economistas 2019

Memoráveis citações

“O Brasil é um país onde você passa quinze dias fora e muda tudo, mas passa quinze anos fora e não muda nada.”

Cássio Casseb

“Quando alguém tem a vocação da riqueza, mas sem a vocação do trabalho, a resultante desses impulsos discrepantes é uma só: dívidas.”

Machado de Assis

“O liberalismo não é uma receita econômica, mas uma atitude fundada na tolerância, na vontade de coexistir com o outro e numa firme defesa da liberdade”.

Mario Vargas Llosa

 Pelo décimo ano consecutivo, publico estas citações selecionadas ao longo de todo o ano como singela homenagem aos colegas economistas pela passagem do seu dia, que se comemora no dia 13 de agosto, data da regulamentação da profissão no Brasil em 1951. Constatando tratar-se do décimo ano dessa prática, fiquei pensando no prazer acumulado que o processo de seleção das citações me proporcionou e, ao mesmo tempo, no significado da persistência e do desafio de manter essa prática por tanto tempo. Inevitavelmente, veio à minha mente uma das letras que considero mais incríveis, da música A lista, de autoria de Osvaldo Montenegro.

 

Faça uma lista de grandes amigos

Quem você mais via há dez anos atrás

Quantos você ainda vê todo dia

Quantos você já não encontra mais

 

Faça uma lista dos sonhos que tinha

Quantos você desistiu de sonhar!

Quantos amores jurados pra sempre

Quantos você conseguiu preservar

 

Onde você ainda se reconhece

Na foto passada ou no espelho de agora?

Hoje é do jeito que achou que seria

Quantos amigos você jogou fora?

 

Quantos mistérios que você sondava

Quantos você conseguiu entender?

Quantos segredos que você guardava

Hoje são bobos ninguém quer saber?

 

Quantas mentiras você condenava?

Quantas você teve que cometer?

Quantos defeitos sanados com o tempo

Eram o melhor que havia em você?

 

Quantas canções que você não cantava

Hoje assobia pra sobreviver?

Quantas pessoas que você amava

Hoje acredita que amam você?

 

Tratando-se, por minha própria decisão, da última vez que recorro a esta forma de homenagear os economistas, não posso deixar de agradecer os que me inspiraram a colecionar citações, os colegas Celso Pinto Mangueira e Eduardo Giannetti, e os que colaboraram ao longo desses anos enviando-me sugestões, citações ou palavras de estímulo. Foi gratificante, mas como tudo na vida, uma hora tem que acabar. Fica o consolo de saber que a coletânea será constantemente revisitada em busca de epígrafes para novos artigos e, quem sabe, não dará origem a algum livro mais à frente?

 BRASIL

Capital cívico

Capital cívico é o estoque de crenças e valores que estimulam a confiança e a propensão a cooperar e a coordenar as atividades entre as pessoas de uma sociedade.

MALAN, Pedro

A “falência” da segurança pública no Rio de Janeiro é apenas uma das várias facetas da falência múltipla – econômico-financeira, política e ética – de certos membros dos poderes Executivo e Legislativo do estado. Há muitas lições a aprender. A bandidagem desarmada pode ser tão letal quanto a bandidagem armada, em termos de corrosão do “capital cívico” de um país.

MALAN, Pedro

Déficit público

Não atrasamos nem um dia os pagamentos durante os 24 meses em que lá fiquei [na Secretaria da Fazenda do governo de Goiás]. Aliás, costumo dizer que não fiquei dois anos, mas 24 folhas. Mas confesso que, em certos momentos, eu dizia que queria que uma coisa só acontecesse para que a gente não ficasse mais na agonia daqueles dez dias de administração de caixa para tentar chegar ao final do mês. Eu pedia que aparecesse um gênio da lâmpada na minha frente, a quem eu teria um só pedido: acabar com a estabilidade de emprego no serviço público. Eu disse isso ao longo de várias folhas.

ABRÃO, Ana Carla

Os promotores da inflação não são a ganância dos empresários ou a predação das multinacionais, e sim esse velho safado, que conosco vive desde o albor da República – o déficit público.

CAMPOS, Roberto

Na base da ideia de que “sempre cabe mais um”, fomos enchendo o “ônibus” do Estado brasileiro com novos ocupantes, que com o passar do tempo tornaram o “veículo” demasiadamente pesado para o tipo de sociedade moderna. É um Estado incapaz de dar conta dos desafios dos novos tempos, que devem privilegiar mais temas como educação, inovação, pesquisa e ciência e tecnologia, e despesas que aliviem a situação dos mais pobres, com espaço reduzido na atual configuração das despesas.

GIAMBIAGI, Fabio e ZEIDAN, Rodrigo

Essa discussão é particularmente relevante no Brasil de hoje. As razões principais vão se tronando cada vez mais conhecidas entre nós. Para resumir ao extremo, no Brasil, tanto no que diz respeito ao gasto público quanto à tributação, temos três problemas: o nível de ambos é excessivo; a composição de ambos é distorcida; e a eficiência de ambos é precária, como mostram, de forma contundente, analistas, pesquisas e manifestações. E a combinação desses três problemas é altamente deletéria para os investimentos e o crescimento sustentado que todos almejamos.

MALAN, Pedro

O Brasil é pródigo em criar regras fiscais, mas não tão pródigo em cumpri-las. Sem contas públicas arrumadas não vamos a lugar nenhum.

SALTO, Felipe

Demografia

Nosso atraso também se deve ao fato de que, por muito tempo, os empresários enxergaram na rápida expansão demográfica, uma garantia da oferta de mão de obra barata e ampliação do mercado. Hoje, na era da automação e da robotização, convenceram-se e deram-se conta de que o mercado depende menos da quantidade de bocas do que da produtividade da mão de obra e cérebros e de que o mundo depende menos da relação capital e trabalho do que capital físico e capital humano.

CAMPOS, Roberto

Este é um desafio cujas dimensões ainda não foram percebidas pela opinião pública – e, o que é mais grave, nem pelo governo.

GIAMBIAGI, Fabio

(Sobre a transição demográfica em curso no Brasil)

Desenvolvimento/Crescimento econômico

Atalhos têm seu apelo e, por isso mesmo, o seu risco. Mas não serão eles que nos trarão de volta à trilha do crescimento sustentável. Isso se dará a partir de uma agenda complexa, profunda e necessária. Mas a única que nos garantirá retomar o tempo perdido. Melhor devagar e sempre.

ABRÃO, Ana Carla

O combate à inflação, a retomada do desenvolvimento, a reforma social mão são nem podem ser obra apenas do governo. Exigem a participação de toda a comunidade, de todos aqueles, pelo menos que querem reformar sem subverter, progredir sem odiar, enriquecer a muitos sem empobrecer a todos. Unamo-nos nesta grande aventura patriótica de reconstrução e desenvolvimento, sem esperar milagres, mas sem aceitar fatalidades.

CAMPOS, Roberto

 Educação

Para o bem ou para o mal, a partir da Revolução Industrial, os conhecimentos adquiridos na escola passaram a fazer parte do enxoval de habilidades requeridas para trabalhar com um mínimo de sucesso. A empregada doméstica precisa ler a lista de compras ou anotar o recado de quem telefonou. O engenheiro eletrônico tem de conhecer as propriedades técnicas do novo circuito integrado com o qual está lidando. Mesmo no Brasil, mesmo na indústria mais tradicional e atrasada de todas, a construção civil, a chave do sucesso de algumas empresas já passa pela educação. Não só do dono, mas também de seus funcionários.

CASTRO, Claudio de Moura

Caminhamos para uma quase ditadura das dinastias intelectuais do mundo – que não coincidem com as aristocracias econômicas mas não são tão distanciadas delas. No fundo, conta a qualidade da educação recebida e esta depende das escolas básicas cursadas. E o acesso e o sucesso nessas escolas são dramaticamente condicionados pelo que acontece nos primeiros seis anos de vida, sob a tutela direta da família.

CASTRO, Claudio de Moura

A diferença entre retornos privados e sociais ao longo do tempo é a razão pela qual, na maior parte do mundo, a provisão de educação básica é papel do Estado, enquanto é aceitável que o sistema privado forneça parte do ensino superior. E aqui temos a primeira lição básica para o Brasil: não faz sentido falar em universalizar ensino superior quando o básico é péssimo.

GIAMBIAGI, Fabio e ZEIDAN, Rodrigo

A distribuição de renda não se dá pela redução da dos mais ricos, mas pela promoção da dos mais pobres por meio da educação formal útil ao progresso socioeconômico da nação.

LOZARDO, Ernesto

A educação é o tema central. Aqui residiam, residem e residirão nossas grandes deficiências e nossos grandes desafios. É na qualidade dos resultados do processo educacional que se situa, em última análise, a capacidade de um país de adaptar-se continuamente às necessidades da competição internacional e de crescer de forma sustentada.  Há muito por fazer nessa área, que exige melhorias significativas em gestão e monitoramento, através de indicadores quantitativos, metas específicas e críveis a serem alcançadas mediante incentivos apropriados que estimulem o mérito e o efetivo desempenho. Em suma, uma difícil luta contra o forte corporativismo “isonomista” de boa parte do sistema.

MALAN, Pedro

 Estabilidade

A estabilidade macroeconômica não é algo que um país, um dia, incorpore definitivamente a seu patrimônio histórico-cultural, ao DNA de sua sociedade, e passe a tratar de outros assuntos mais interessantes. Ela tem de ser preservada continuamente. Não é um objetivo em si mesmo, tampouco condição suficiente para o desenvolvimento econômico e social. Mas é, seguramente, uma condição necessária, porque sem a estabilidade o crescimento econômico não se sustenta ao longo do tempo. Assim como sem crescimento a estabilidade não se consolida.

MALAN, Pedro

Fluxos migratórios

No processo de evolução dos países, há uma “etapa fácil” do desenvolvimento. Nela, uma série de elementos se conjuga para “empurrar” o país. No caso do Brasil, em épocas mais antigas, a imigração externa em um primeiro momento e a migração do campo para a cidade, posteriormente, funcionaram como alavancas naturais do progresso: gente chegando da Europa para “fazer a América” no século XIX e primeiras décadas do século XX e grandes levas de camponeses praticamente analfabetos vindos para as cidades, depois. Para estes, qualquer treinamento, por mínimo que fosse, elevava enormemente sua produtividade. Tais fenômenos estiveram na base da expansão brasileira durante um bom tempo.

GIAMBIAGI, Fabio e ZEIDAN, Rodrigo

Itamar Franco

[Paul Volcker] em 1979, 1980, 1981 quebrou o mundo todo, não só o Brasil. O que aconteceu depois, o Brasil em três anos resolveu o problema do balanço de pagamentos. Foi o primeiro país a resolver o problema do balanço de pagamentos, mas foi o último a negociar a dívida externa, que foi negociada graças ao Pedro Malan, com o suporte do presidente mais injustiçado neste país, que foi o Itamar Franco. Sem o Itamar, jamais teria acontecido o Plano Real. Não atribuir ao Itamar o mérito da preparação das condições do Plano Real é uma conversa mole. O Itamar fez o superávit primário de 5,5% diante de uma dívida pública de 40% do PIB. Acumulou reservas e deixou fazer o acordo da dívida externa, sem o qual o Plano Real nunca teria dado certo. Aliás, a gente sabia que essas eram as condições necessárias e foram realizadas pelo Itamar.

DELFIM NETTO, Antonio

Metamorfoses

“Prefiro ser/ essa metamorfose ambulante/ do que ter aquela velha opinião/ formada sobre tudo”.

LULA

(referindo-se, com aprovação, à música de Raul Seixas ao explicar não ter vergonha de ter mudado, e radicalmente, de opinião sobre a CPMF)

Qual a sua lembrança preferida, caro(a) leitor(a)? Não importa muito, de Isaías a Lula, passando por Raul Seixas, as observações aqui referidas são todas variações sobre o vasto tema das mudanças e metamorfoses que constituem a essência e a beleza da vida. Nesse sentido, a preferência expressa por Seixas na primeira parte de sua frase é libertária e diz respeito ao inalienável direito individual de realizar escolhas na vida.

[…] Estar aberto a mudanças e metamorfoses, bem como deixar de lado velhas opiniões ultrapassadas pelos fatos do mundo, é uma coisa positiva. Mas jogar fora princípios e valores junto com as velhas opiniões é como jogar fora o bebê com a água suja do banho. E não devemos esquecer que velhas opiniões formadas sobre tudo podem ser substituídas por opiniões melhores ou por opiniões piores que as antigas. Como por vezes, infelizmente, acontece. Há riscos em ter uma metamorfose excessivamente ambulante.

MALAN, Pedro

Plano Real

O Plano Real é uma pequena joia, quer dizer, talvez seja a construção mais sofisticada e inteligente que um grupo de economistas brasileiros já produziu.

DELFIM NETTO, Antonio

Previdência

Temos um sistema previdenciário que reforça a desigualdade de renda e consome recursos que deveriam ser alocados de forma a garantir melhores condições de vida para toda a população, principalmente a menos favorecida.

ABRÃO, Ana Carla

Um relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito da Previdência concluiu, de forma surpreendente, que o déficit é uma ficção contábil. Essa também é a opinião de economistas heterodoxos que fazem contas igualmente heterodoxas – e erradas. Outros acreditam que, apesar de ser um problema e mesmo consumindo hoje mais do que o governo gasta nos serviços públicos básicos, a reforma da Previdência não seria uma prioridade e a solução viria com a retomada do crescimento econômico. Felizmente há, por outro lado, aqueles que estudam o assunto a sério, alertam para a gravidade do problema, fazem conta e apresentam soluções concretas e estruturais. Esse é o caso da proposta de reforma da Previdência apresentada por Paulo Tafner e Armínio Fraga.

ABRÃO, Ana Carla

Reforma tributária

Uma reforma tributária é condição necessária, mas não suficiente, para escaparmos da armadilha da renda média. Desde que nos entendemos por gente, ouvimos que devemos fazê-la. Na Índia, mais pobre e com problemas federativos parecidos com os nossos, a reforma demorou mais de dez anos, mas, finalmente, foi posta em prática. E nós – ficaremos no discurso até quando?

GIAMBIAGI, Fabio e ZEIDAN, Rodrigo

 Autointeresse

Deixa-se a cada qual, enquanto não violar as leis da justiça, perfeita liberdade de ir em busca de seu próprio interesse, a seu modo, e faça com que tanto seu trabalho como seu capital concorram com os de qualquer pessoa ou categoria de pessoas.

SMITH, Adam

Capitalismo

A marca característica da história econômica sob o capitalismo é o infindo progresso econômico, um aumento constante na quantidade de bens de capital disponíveis e uma tendência contínua à melhoria nos padrões gerais de vida.

MISES, Ludwig von

É pura e simplesmente um fato histórico que o tratamento do homem pelo homem se tornou visivelmente mais humano paralelamente à ascensão do capitalismo.

SHENFIELD, Arthur

Conhecimento

De certa forma, os países em desenvolvimento têm sorte no mundo de hoje. O crescimento econômico depende de conhecimento, know-how e tecnologia. A disseminação desse conhecimento é uma questão fundamental, e muitos países em desenvolvimento estão no processo de atingir esse objetivo. Enquanto isso, o custo da disseminação do conhecimento está caindo de forma notável. A tecnologia e o know-how falam por meio do comércio, das parcerias com países desenvolvidos e da contínua evolução da Internet. Cada país difere em educação, conduta e disposição de importar tecnologia e know-how; mas, por conta do acesso muito mais fácil à informação nos dias de hoje, os países em desenvolvimento podem pular etapas e processos que no passado levaram décadas ou até mesmo séculos para serem desenvolvidos e têm acesso instantâneo a esse conhecimento.

ASMUS, Barry

O caráter peculiar do problema de uma ordem econômica racional se caracteriza justamente pelo fato de que o conhecimento das circunstâncias sob as quais temos de agir nunca existe de forma concentrada e integrada, mas apenas como pedaços dispersos de conhecimento incompleto e frequentemente contraditório, distribuídos por diversos indivíduos independentes […]. É antes um problema de coco garantir o melhor uso dos recursos conhecidos por qualquer membro da sociedade, para fins cuja importância relativa apenas esses indivíduos conhecem. Ou, em outras palavras, o problema é a utilização de um conhecimento que não está disponível a ninguém em sua totalidade.

HAYEK, Friedrich A.

A natureza humana não é uma máquina a ser construída segundo um modelo, e destinada a realizar exatamente a tarefa a ela prescrita, e sim uma árvore que necessita crescer e desenvolver-se de todos os lados, de acordo com a tendência das forças internas que a tornam uma coisa viva.

MILL, John Stuart

O rápido crescimento no mundo em desenvolvimento durante o período pós-guerra é possibilitado pela transferência de conhecimento e pela redução das barreiras e impedimentos ao fluxo de bens, serviços e capital em uma economia global. A velocidade é atribuída ao tamanho do diferencial de conhecimento e à rápida transferência de conhecimento entre fronteiras.

SPENCE, Michael

 Consumo X Investimento

Em suma, estimular os gastos de curto prazo do consumidor indubitavelmente incentiva algumas linhas de atividade empresarial. Se as pessoas embarcam em uma onda consumidora em um supermercado ou shopping local, os comerciantes e seus fornecedores verão as vendas e a produção subirem. Mas a farra dos gastos do consumidor acaba quando chegam as contas do cartão de crédito e mais gastos dos consumidores provavelmente não ajudarão a construir uma ponte ou hospital, bancar um programa de pesquisa para a cura do câncer ou oferecer fundos para uma nova invenção ou um novo processo de produção. Apenas um nível mais elevado de poupança fará isso. Consequentemente, nos países que seguem as políticas pró-consumo keynesianas, já era de se esperar encontrar lojas de varejo e shoppings luxuosos ao lado de estradas e infraestrutura dilapidadas. A proporção entre consumo e investimento é sistematicamente desequilibrada. Antes de morrer, o guru da administração Peter Drucker criticou os Estados Unidos por uma “crise na produtividade e formação de capital” e “subinvestimentos em escala maciça”.

SKOUSEN, Mark

O estímulo da economia por meio do consumo excessivo ou de programas de governo perdulários pode oferecer um estímulo artificial de curto prazo, e não leva à prosperidade verdadeira no longo prazo.

SKOUSEN, Mark

Em suma, é o investimento de capital, e não os gastos do consumidor, que, no final das contas, impulsiona a economia. Como declarou há anos Ludwig von Mises: “O acúmulo progressivo de capital resulta em melhoramento econômico perpétuo”.

SKOUSEN, Mark

Criatividade

A criatividade de uma nação está ligada à capacidade de pensar e teorizar, o que requer uma boa educação e, daí, partir para o inventar e, depois, ir até as últimas consequências no fazer.

CASTRO, Cláudio de Moura

Demografia

E se a nação irlandesa não enfrentou, desde então [quando o Parlamento aprovou uma Lei dos Pobres, mantendo os indigentes em sua condição de indigentes], dificuldades insuperáveis ocasionadas pela ação conjunta de velhos problemas com falsos remédios, isto se deveu a um fato inesperado e surpreendente: o despovoamento da Irlanda, provocado primeiro pela fome e, depois, pela emigração.

MILL, John Stuart

 Desenvolvimento/Subdesenvolvimento

Há quatro tipos de países: desenvolvidos, subdesenvolvidos, Japão e Argentina.

KUZNETZ, Simon

 O desenvolvimento é, em princípio, impossível sem o crédito.

SCHUMPETER, Joseph A.

Desintegração do feudalismo

Essa expansão do comércio foi a principal causa da dissolução do sistema feudal e da servidão, apesar do fato de o feudalismo ter coexistido com o comércio ao longo do período medieval.

DILLARD, Dudley

 Doações e ajuda externa

Infelizmente, não se trata apenas de dar o nosso dinheiro a esses países. […] A transformação no nível mais básico das sociedades deve vir predominantemente de dentro; não podemos lhes impor a mudança. Em todas essas sociedades, há conflitos entre gente corajosa que deseja a mudança e interesses enraizados que se opõem a ela.

COLLIER, Paul

Todavia, será que mais de um trilhão de dólares em ajuda para o desenvolvimento nas últimas décadas melhorou a situação do povo da África? Não. Aliás, pelo mundo afora, quem recebe essa ajuda acaba pior, bem pior. A ajuda externa tem contribuído para empobrecer ainda mais os pobres e desacelerar o crescimento […]. A noção de que a ajuda externa pode reduzir a pobreza sistêmica e de que tem feito isso é um mito. Milhões de pessoas na África estão mais pobres hoje por conta da ajuda externa. A miséria e a pobreza não têm diminuído, mas aumentado. A ajuda externa foi, e continua a ser, um verdadeiro desastre político, econômico e humanitário para a maioria das regiões do mundo em desenvolvimento.

MOYO, Dambisa

Um dos problemas básicos da ajuda externa é que ela é fungível: o dinheiro separado para um propósito é facilmente desviado para outro, incluindo com frequência bolsos privados, em vez dos cofres públicos. Quando isso acontece – e acontece bastante – nenhuma punição ou sanção real é imposta. Portanto, mais doações significam mais corrupção.

MOYO, Dambisa

Economia/Economistas

Você tem tribos mainstream, são tribos que pensam que a teoria econômica é ciência de verdade. Os marxistas são outra tribo; os keynesianos, os kaleckianos, os hobsonianos são outras tribos, quer dizer, cada um foi desenvolvendo uma tribo. Agora cada um alugou uma casa para fazer um clube secreto, no qual de noite a gente discute; em vez de discutir os problemas, fala contra o outro, quer dizer, são clubes de fofocas e que estão perdendo tempo. Não tem ninguém no mundo que seja mais vítima dos seus asseclas do que o Marx e o Keynes. Se os dois pudessem falar, iam pedir pra eles: pelo amor… fiquem quietos.

DELFIM NETTO, Antonio

Em economia, as coisas demoram mais tempo para acontecer do que você pensa (que demorariam) e, então, elas acontecem mais rápido do que você pensava que elas poderiam acontecer.

DORNBUSH, Rudi

Se estamos para lançar luzes sobre os grandes problemas do nosso tempo, se, mais ainda, de tempos em tempos – tal como os filósofos contemporâneos a Platão – devemos participar do serviço público, devemos estar preparados para ir além do nosso objeto. Devemos estar preparados para estudar não somente princípios econômicos e economia aplicada; devemos estar preparados para estudar muitas outras disciplinas. Devemos estudar filosofia política. Devemos estudar administração pública. Devemos estudar direito. Devemos estudar história. Na ausência de regras de ação, aumenta nossa percepção de caminhos possíveis. Devemos estudar também as obras mestras da literatura universal, essa herança sem preço em que as melhores aspirações da humanidade receberam expressão imperecível.

ROBBINS, Lionel

Nossa ciência, mais do que as outras, não pode dispensar esse senso comum refinado que chamamos “teoria” e que nos dá instrumentos para analisar os fatos e os problemas práticos.

SCHUMPETER, Joseph A.

Qual deve ser a meta do economista no novo milênio? Certamente não é repetir as mancadas do passado, Nos corredores do Congresso, da Casa Branca e da academia, precisamos rejeitar a brutalidade do marxismo, o peso do governo grande keynesiano e a devassidão da moeda estável por parte de bancos centrais intervencionistas. Sobretudo, os economistas teóricos precisam se concentrar mais na economia aplicada (como o trabalho de Stanley Lebergott), em vez de em modelos altamente matemáticos.

SKOUSEN, Mark

 No que tange ao programa positivo, a direção certa pode ser encontrada em um ensaio sobre a “próxima economia” escrito pelo excelente guru da administração, o austríaco Peter F. Drucker, há quase 20 anos: “O capital é o futuro […], a próxima economia terá de ser novamente a microeconomia, centrada na oferta.” Drucker reclamou uma teoria econômica voltada à “otimização da produtividade” que beneficiaria todos os trabalhadores e consumidores. É interessante observar que Drucker mencionou com aprovação o trabalho do prêmio Nobel, Robert Mundell, famoso por sua defesa da economia da oferta e de uma moeda internacional respaldada pelo ouro.

SKOUSEN, Mark

Economia comportamental

São as forças psicológicas, sobretudo, que moldam a performance da economia com os recursos e a tecnologia disponíveis. São a ambição e a decisão que alimentam os impulsos de crescimento, empreendedorismo e progresso.

GILDER, George

A economia comportamental e financeira está ganhando muito impulso e é a coisa mais interessante na economia atualmente. Mas a tendência é entrar na escola de administração.

SHILLER, Robert

Minha abordagem na economia comportamental é buscar insights, e não apenas dados. Deve-se olhar o quadro mais amplo possível para ver o que está acontecendo. Devem-se usar as faculdades intuitivas e reconhecer os padrões.

SHILLER, Robert

Energia

Faz sentido esperar que a quantidade de energia continue a ficar cada vez mais disponível e menos escassa, indefinidamente.

SIMON, Julian

Especialização/ Teoria das vantagens absolutas

É a máxima de qualquer pai de família prudente jamais tentar fazer em casa o que sai mais caro fazer do que comprar […]. Se um país estrangeiro pode nos suprir com uma mercadoria mais barata do que nos custaria para produzi-la, é melhor comprar dele com alguma parte do produto da nossa própria indústria, empregada de forma a termos alguma vantagem.

SMITH, Adam

Ética

As questões econômicas não são apenas questões de praticidade e eficiência, mas também de moralidade e justiça. As questões éticas não são apenas de valor e intenções generosas, mas também de lógica fria e exequibilidade. Se a economia desligada da ética é cega, a ética desligada da economia é vazia. O surpreendente não é que a teoria econômica e a reflexão ética voltem a caminhar juntas, mas que tenham permanecido divorciadas e incomunicáveis entre si por tanto tempo.

GIANNETTI, Eduardo

Incerteza

A maior parte dos indivíduos subestima a incerteza. Enormes danos têm se seguido a crenças na certeza, seja em inevitabilidades históricas, seja em posições extremas sobre política econômica.

ARROW, Kenneth

Inflação

A perda do poder de compra da moeda pela inflação, por exemplo, aumenta o custo para os que emprestam e os que tomam emprestado conduzirem suas transações, pois a incerteza continuamente altera o significado do que foi decidido na troca. Poupança e investimento têm, além disso, riscos adicionais sob a inflação, e transações que envolvem tempo (como, por exemplo, pagar uma casa ou automóvel em prestações) trazem consigo perigos adicionais, porque o valor real do preço acordado muda constantemente. Quando o valor real do dinheiro é instável, cada aspecto da economia – oferta, demanda, lucros/prejuízos, especialização, comércio, produção, cooperação social – passa a ser mais obscuro e menos eficiente, o que leva à incerteza e à confusão na tomada de decisões.

ASMUS, Barry

A inflação acontece quando a quantidade de dinheiro sobe muito mais do que a produção e, quanto mais rápido é o aumento da quantidade de dinheiro por unidade de produto, maior é a taxa de inflação. Provavelmente não existe nenhuma outra lei na economia tão sólida como essa.

FRIEDMAN, Milton

A inflação distorce a sinalização dos preços, enfraquece uma economia de mercado e é uma forma de tributo que pode ser imposta sem legislação.

 FRIEDMAN, Milton

Inovação

No peito de quem deseja fazer algo novo, as forças do hábito se levantam e testemunham contra o projeto em embrião. É portanto necessário uma força de vontade nova e de outra espécie para arrancar, dentre o trabalho e a lida com as ocupações diárias, oportunidade e tempo para conceber e elaborar a combinação nova e resolver olhá-la como uma possibilidade real e não meramente como um sonho. Essa liberdade mental pressupõe um grande excedente de força sobre a demanda cotidiana e é algo peculiar e raro por natureza.

SCHUMPETER, Joseph A.

Instituições

Os Estados Unidos são […] muito mais ricos hoje [que os países pobres] por causa da forma pela qual suas instituições, tanto econômicas como políticas, moldam os incentivos para empresas, indivíduos e políticos […] são as instituições políticas de uma nação que determinam a capacidade dos cidadãos de controlar os políticos e influenciar sua conduta. Isso, por sua vez, determina se os políticos são agentes dos cidadãos […] ou se conseguem abusar do poder que lhes foi confiado […] para acumular suas próprias fortunas.

ACEMOGLU, Daron; ROBINSON, James A.

Não se deve medir um governo ou uma gestão pelos resultados obtidos durante sua ocorrência, e sim por seus impactos no longo prazo, pelos resultados que são verificados nos anos que se seguem a seu término. Instituições importam e os impactos decorrentes da forma com são geridas ou alteradas se manifestam progressivamente.

LISBOA, Marcos

É sabido que a literatura econômica, no mundo inteiro, vem enfatizando cada vez mais – a meu ver, com toda a razão – o papel central das “instituições” em processos bem-sucedidos de desenvolvimento econômico e social sustentados no tempo. Como Ruth Cardoso, acredito que as “instituições” de um país são, simultaneamente, três “coisas”: o conjunto das organizações e agências do Estado; o conjunto de regras do jogo, das práticas e dos procedimentos estabelecidos; e, não menos importante, o conjunto de valores, crenças e posturas compartilhado em algum grau – o suficiente para fazer diferença. Quando se avaliam a qualidade do governo de um país e a efetividade do funcionamento de suas instituições tem-se que considerar esses três conjuntos, que se reforçam – ou se esgarçam – de maneira interativa, influenciando as percepções e as “vozes do povo”.

MALAN, Pedro

A história importa. Importa não só porque podemos aprender com o passado, mas também porque o presente e o futuro estão relacionados com o passado por meio da continuidade das instituições de uma sociedade. As escolhas de hoje e de amanhã são moldadas pelo passado, e o passado só pode se tornar inteligível como um caso de evolução institucional. Integrar as instituições à teoria econômica e à história econômica é um avanço essencial no aperfeiçoamento dessa teoria e dessa história.

NORTH, Douglass

Liberalismo

A sociedade que coloca a igualdade à frente da liberdade terminará sem as duas. A sociedade que coloca a liberdade à frente da igualdade terá uma grande medida das duas.

FRIEDMAN, Milton

Neste século, o liberalismo é o contraponto perfeito à tendência mundial de crescimento do populismo nacionalista. Esta nova forma de autoritarismo se reflete na tentativa de imposição de ideias homogêneas, sem abertura para debate e controvérsias. Mas a intolerância é o avesso do liberalismo. Bolsonaro nunca foi nem nunca será um liberal. Seu governo também não. Melhor deixar o liberalismo fora disso.

LANDAU, Elena

Liberalismo é uma forma bastante sofisticada de o Estado intervir na economia!

LISBOA, Marcos

Proibir um grande povo de fazer tudo o que ele tiver condições de fazer com qualquer item de sua produção própria, ou empregar seu capital e seu trabalho de maneira que ele considerar mais vantajosa para si próprio, constitui uma violação manifesta dos direitos mais sagrados da humanidade.

SMITH, Adam

Mão invisível

Como cada indivíduo […] não tem a intenção de promover o interesse público, nem sabe até que ponto o promove […] ao direcionar [seu trabalho] de tal maneira que seu fruto seja de melhor valor, ele tem em vista somente o seu ganho, e nisso ele é, como em muitos outros casos, conduzido por uma mão invisível para promover um fim que não fazia parte de sua intenção de modo algum […]. Ao buscar seu interesse próprio, ele frequentemente promove o da sociedade de maneira mais eficaz do que quando realmente tem a intenção de promovê-lo.

SMITH, Adam

 Meio ambiente

Eles [os ambientalistas] não sabem que os preços refletem uma escassez real (não uma escassez fictícia) de bens diferentes (recursos ou bens de consumo) – ou seja, daqueles bens que estão de fato escassos – melhor do que qualquer outro elemento (e melhor do que as especulações dos ambientalistas). Sem a escassez, não haveria preço! Talvez eles também não saibam que à medida que o recurso torna-se cada vez mais escasso (à medida que ele se “exaure”, para usar sua terminologia), o preço aumenta até o ponto em que a demanda cai até basicamente tornar-se nula. Assim, os recursos são, em termos econômicos, paradoxalmente inexauríveis. Sendo assim, o preço representa o parâmetro crucial, e a própria existência de um sistema de preços atuante é um pré-requisito crucial para o desenvolvimento saudável e inadulterado da raça humana (e também da natureza). […] A maioria dos economistas raciocina (de maneira bastante complexa) com base em um sistema composto por duas categorias principais: preços (P) e quantidade (Q). De acordo com eles, esses dois fatores afetam de maneira essencial o comportamento humano. É por isso que distinguem os efeitos P (as consequências da mudança de preços) e os efeitos Q (as consequências da mudança de renda, produto e riqueza). Quando o assunto são os recursos e sua “exaustão”, assim como a velocidade com que são exauridos, o efeito P é de crucial importância.

KLAUS, Václav

Como alguém que viveu sob o regime comunista durante grande parte da vida, sinto-me obrigado a dizer que a maior ameaça à liberdade, à democracia, à economia de mercado e à prosperidade, no começo do século XXI, não é o comunismo ou suas variações mais amenas. O que tomou o lugar do comunismo foi a ameaça representada pelo ambientalismo sedento de ambições. Essa ideologia tem como foco de seu discurso a Terra e a natureza e, sob o disfarce de palavras de ordem (à maneira dos antigos marxistas) da proteção do planeta e da natureza, ela deseja substituir a livre e espontânea evolução da humanidade por uma espécie de planejamento central (agora global) do mundo inteiro.

KLAUS, Václav

Mercado

O mistério do mercado é que ele é um processo extraordinariamente complicado, que emerge espontaneamente do interesse próprio esclarecido de bilhões de pessoas que se especializam, trocam e produzem riqueza. O mercado é um organismo complexo, semelhante a um cérebro, que evolui ao longo de décadas. A exigência imensa de que alguém conscientemente planeje, gerencie e liste todos os recursos disponíveis, formule todas as tarefas a serem feitas e responda às perguntas: Quem? O quê? E Quando?, está, na verdade, além da capacidade de qualquer ser humano ou de qualquer grupo designado para exercer o planejamento central.

ASMUS, Barry

 O livre mercado é necessário para produzir, transmitir e disponibilizar todo o conhecimento necessário para os resultados favoráveis. As respostas estão nas ações do mercado, não nos sonhos e esquemas dos planejadores. […] Alguns chamaram esse sistema de “mágica” do mercado. Sim, o mercado é um maravilhoso instrumento de comunicação e um transmissor de opiniões comparável ao computador, bem como um determinador de valor. É incrível. Porém, o processo de mercado realmente não é mágica. É muito mais inteligente do que isso, pois ninguém projeta, gerencia ou controla o mercado. Ele simplesmente acontece. Assim como podemos dizer que “a gravidade existe”, independentemente de termos condições de explicá-la, “o mercado existe”. Ele não precisa ser criado por um projeto humano consciente. Onde houver seres humanos, com liberdade de escolha e um desejo de melhorar sua própria condição, ali estará o mercado.

ASMUS, Barry

Na medida em que a colaboração pressupõe propósitos comuns, pessoas com diferentes objetivos são necessariamente inimigas, capazes de lutar entre si pela posse dos mesmos meios; só a introdução do escambo permitiu aos diferentes indivíduos serem úteis uns aos outros sem entrar em acordo quanto aos fins últimos.

HAYEK, Friedrich

 Moeda

Nenhum fator de risco é mais perigoso para uma moeda que a recusa de lideranças políticas em enfrentar realidades fiscais.

ROGOFF, Ken

 Paradigmas

As ideias aqui tão arduamente expressas são muito mais simples e deveriam ser óbvias. A dificuldade não está nas novas ideias, mas em fugir das velhas ideias, que se ramificam… em todos os recônditos da nossa mente.

KEYNES, John M.

Poder

Para aqueles que se habituaram à posse da admiração pública ou mesmo à esperança de conquistá-la, todos os demais prazeres empalidecem e definham.

SMITH, Adam

Previsões

Em nossa ciência [econômica], nem mesmo as inteligências mais privilegiadas conseguem produzir boas profecias.

COSTA, Rubens Vaz da.

Os economistas previram sete das últimas três recessões.

SAMUELSON, Paul

Em última análise, aprendemos a prever por meio do exame de episódios passados.

SHILLER, Robert

Produtividade

A capacidade que tem um país de melhorar os padrões de vida de sua população ao longo do tempo depende quase inteiramente [almost entirely, no original em inglês] de sua capacidade de aumentar o seu produto por trabalhador – isto é, a produtividade de sua economia.

KRUGMAN, Paul

Vejo computadores em todos os lugares, menos nas estatísticas da produtividade.

SOLOW, Robert

 Relação custo-benefício

Como toda produção envolve uma escolha entre possibilidades concorrentes e sempre significa renúncia à produção de outros bens, o valor total do produto nunca é ganho líquido, mas apenas o seu excedente sobre o valor do produto que teria sido produzido de outra forma.

SCHUMPETER, Joseph A.

Rent seeking

A “busca de renda” [rent seeking] é uma das noções mais importantes dos últimos cinquenta anos da ciência econômica e que, infelizmente, recebeu um dos nomes mais inadequados […]. A ideia é simples, mas poderosa. Diz-se que alguém busca renda quando tenta obter benefícios para si por meio da arena política. Essa pessoa em geral o faz ao obter um subsídio para um bem que ela produz ou por fazer parte de uma classe específica de pessoas, ao obter uma tarifa sobre um bem que ela produz, ou por receber uma regulação especial que onera seus concorrentes. Eles [os economistas] usam esse termo para descrever a pressão que pessoas exercem sobre o governo para que lhes conceda privilégios especiais. Um termo melhor seria “busca de privilégio”.

MALAN, Pedro

 

Referências bibliográficas e webgráficas

ABRÃO, Ana Carla. Inchaço da máquina pública compromete o futuro do País. Encontros Democráticos – Coleção 2018. Disponível em http://espacodemocratico.org.br/wp-content/uploads/2018/08/Inchaco-da-maquina-publica-compromete-o-futuro-do-pais.pdf.

_______________ Atalhos. O Estado de S. Paulo, 30 de julho de 2019, p. B 4.

ARROW, Kenneth. Citado por Pedro Malan em Diálogos não impossíveis? O Estado de S. Paulo, 11 de junho de 2017. Em MALAN, Pedro. Uma certa ideia de Brasil. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2018.

CAMPOS, Roberto. A despedida de Roberto Campos. O Estado de S. Paulo, 31 de janeiro de 1999, p. A 8. Em LOZARDO, Ernesto. OK, Roberto, você venceu!: o pensamento econômico de Roberto Campos. Rio de Janeiro: Topbooks, 2018.

COSTA, Rubens Vaz da. Apresentação de A teoria do desenvolvimento econômico. SCHUMPETER, J. A. São Paulo: Abril Cultural, 1982 (Os Economistas).

DELFIM NETTO, Antonio. Entrevista a Ernesto Lozardo em 29.09.2015. Em LOZARDO, Ernesto. OK, Roberto, você venceu!: o pensamento econômico de Roberto Campos. Rio de Janeiro: Topbooks, 2018.

DELL’ISOLA, Alberto. Mentes brilhantes. São Paulo: Universo dos livros, 2012.

DORNBUSH, Rudi. Citado por Pedro Malan em Encruzilhadas, nossas e de outros. O Estado de S. Paulo, 9 de outubro de 2011. Em MALAN, Pedro. Uma certa ideia de Brasil. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2018.

DRUCKER, Peter F. Toward the Next Economics, and Other Essays. Nova York: Harper & Row, 1981. Apud SKOUSEN, Mark. Econopower: como a nova geração de economistas está revolucionando o mundo. Tradução de Ana Gibson. Rio de Janeiro: Elsevier, 2088.

FRIEDMAN, Milton. “Created equal”, parte 5 da série de TV Free to choose, disponível em www.freetochoose.tv.

FRIEDMAN, Milton; FRIEDMAN, Rose. Liberdade de escolher. Tradução de Ruy Jungmann. Rio de Janeiro: Record, 1980.

GIAMBIAGI, Fabio; ZEIDAN, Rodrigo. Apelo à razão: a reconciliação com a lógica econômica – por um Brasil que deixe de flertar com o populismo, com o atraso e com o absurdo. Rio de Janeiro: Record, 2018.

GIANNETTI, Eduardo. Apud SEN, Amatya. Sobre ética e economia. Tradução de Laura Teixeira Motta; revisão técnica de Ricardo Doninelli Mendes. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.

GILDER, George. Wealth and poverty. New York: Basic Books, 1981.

HAYEK, Friedrich A. The use of knowledge in society. American Economic Review 35, n. 4 (September 1945).

_______________ “The Pretense of Knowledge”, in New Studies in Philosophy, Economics and the History of Ideas. Chicago: The University of Chicago Press, 1982.

HENDERSON, David R. “Rent Seeking”, in David R. Henderson, org. The concise encyclopedia of economics. Indianapolis: Liberty Fund, 2008.

KEYNES, John M. General Theory of Employment, Interest and Money. Nova York: Harvest/Harcourt, 1936. Apud MLODINOW, Leonard. Elástico: como o pensamento flexível pode mudar nossas vidas. Tradução de Claudio Carina. Rio de Janeiro: Zahar, 2018.

KLAUS, Václav. Planeta azul em algemas verdes: o que está correndo perigo: o clima ou a liberdade? Tradução de Juliana Lemos. São Paulo: DVS Editora, 2010.

KRUGMAN, Paul. Citado por Pedro Malan em Mercados descompassados. O Estado de S. Paulo, 14 de abril de 2013. Em MALAN, Pedro. Uma certa ideia de Brasil. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2018.

LANDAU, Elena. Deixem o liberalismo fora disso. O Estado de S. Paulo, 3 de agosto de 2019. Disponível em https://opiniao.estadao.com.br/noticias/espaco-aberto,deixem-o-liberalismo-fora-disso,70002952957.

LISBOA, Marcos. Citado por Pedro Malan em Diálogo de surdos. O Estado de S. Paulo, 10 de outubro de 2010. Em MALAN, Pedro. Uma certa ideia de Brasil. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2018.

LOZARDO, Ernesto. OK, Roberto, você venceu!: o pensamento econômico de Roberto Campos. Rio de Janeiro: Topbooks, 2018.

MALAN, Pedro. Uma certa ideia de Brasil. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2018.

MILL, John Stuart. A lógica das ciências morais. Tradução de Alexandre Braga Massella. São Paulo: Iluminuras, 1999.

_______________ Autobiografia. Tradução de Alexandre Braga Massella. São Paulo: Iluminuras, 2006.

MISES, Ludwig von. “Capital Supply and American Prosperity”, em Planning for Freedom. Spring Mills, PA: Libertarian Press, 1980. Apud SKOUSEN, Mark. Econopower: como a nova geração de economistas está revolucionando o mundo. Tradução de Ana Gibson. Rio de Janeiro: Elsevier, 2088.

_______________ Ação humana: um tratado de economia. Tradução de Donald Stewart Jr. Rio de Janeiro: Instituto Liberal, 1995.

MOYO, Dambisa. Dead aid: why aid is not working and how there is a better way for Africa. New York: Farrar, Atraus & Giroux, 2009.

NORTH, Douglass. Instituições, mudança institucional e desempenho econômico. Tradução de Alexandre Morales. São Paulo: Três Estrelas, 2018.

ROBBINS, Lionel. Discurso por ocasião do 53º aniversário da London School of Economics. Londres.

ROGOFF, Ken. Citado por Pedro Malan em Verdadeiro, falso e fictício. O Estado de S. Paulo, 9 de agosto de 2015. Em MALAN, Pedro. Uma certa ideia de Brasil. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2018.

SALTO, Felipe. Lei de Responsabilidade Fiscal faz 18 anos sob ataques. O Estado de S. Paulo, 01 de janeiro de 2019, p. B 3.

SCHENFIELD, Arthur. Capitalism under the tests of ethics. Imprimis 10, n, 12 (December 1981).

SCHUMPETER, Joseph A. Teoria do desenvolvimento econômico: uma investigação sobre lucros, capital, crédito, juro e o ciclo econômico. Introdução de Rubens Vaz da Costa. Tradução de Maria Sílvia Possas. São Paulo: Abril Cultural, 1982. (Os Economistas).

SKOUSEN, Mark. Econopower: como a nova geração de economistas está revolucionando o mundo. Tradução de Ana Gibson. Rio de Janeiro: Elsevier, 2088.

SMITH, Adam. A riqueza das nações: investigação sobre a sua natureza e suas causas, com a introdução de Edwin Cannan. Apresentação de Winston Fritsh. Tradução de Luiz João Baraúna. São Paulo: Abril Cultural, 1983. (Os Economistas).

SPENCE, Michael. Os desafios do futuro da economia: o crescimento econômico mundial nos países emergentes e desenvolvidos. Tradução de Leonardo Abramowicz. Rio de Janeiro: Campus, 2011.

WAYNE, Grudem; ASMUS, Barry. A pobreza das nações: uma solução sustentável. Tradução de Lucas G. Freire. São Paulo: Vida Nova, 2016.

Referência musical

A lista. Letra de Oswaldo Montenegro. Disponível em https://www.letras.mus.br/oswaldo-montenegro/65521/