Volta ao mundo por meio de livros[1]
“Não estou rico e nem vou ficar, mas estou livre para me dedicar a isso que chamam de literatura. E isso não envolve apenas o trabalho solitário da escrita, mas viajar o Brasil todo e ajudar na formação, um a um, de leitores.”
Ignácio Loyola Brandão
Ler e viajar constituem-se em duas de minhas maiores paixões. Combinar as duas é o objetivo desta crônica em que procuro transmitir emoções e sentimentos experimentados em textos de livros cujos conteúdos remetem a países de diferentes partes do mundo, permitindo-nos visitá-los ou revisitá-los, conhecendo ou reforçando o conhecimento anterior de sua história, sua geografia, seu povo, sua cultura, suas tradições, sua política e/ou sua economia.
Apaixonado pela leitura desde tenra idade e tendo a felicidade de viajar desde muito cedo para diversos países por conta do basquete – virei intelectual porque esqueci de crescer – fiz uma seleção de locais que tive oportunidade de conhecer ou revisitar por meio dos livros a seguir comentados. Conhecer, no caso de países nos quais jamais estive; revisitar, no caso de países em que estive uma ou mais vezes.
O texto resulta de dois processos de seleção, de países e de livros e excursiona por nove países localizados na América do Sul, no Caribe, na África, na Europa, no Oriente Médio e na Ásia.
A primeira parada desta excursão é o Chile, país que conheci apenas em 2003, retratado nas páginas de Violeta, de autoria de Isabel Allende. Ao contar a história de uma mulher que atingiu o centenário, nascendo em 1920 e morrendo em 2020, o livro nos leva a momentos importantes da vida da protagonista e da história chilena, ambas repletas de altos e baixos, começando pela gripe espanhola e atravessando, sucessivamente, as consequências provocadas pela Grande Depressão, pela Segunda Guerra Mundial, pela luta pelos direitos da mulher, pela ascensão e queda de Allende, pela ditadura de Pinochet e chegando até a pandemia do coronavírus, já na etapa final da vida de Violeta.
As paradas seguintes ocorrem em duas ilhas do Caribe, cujas trajetórias revelam profundas diferenças. A primeira das ilhas é Cuba, onde estive participando de um seminário em 1999, a partir da ótica de Pedro Juan Gutierrez, autor de Trilogia suja de Havana. Reunindo uma série de contos, muitos de caráter autobiográfico, o autor, que não é um opositor do regime, embora mostre sinais de desilusão com o mesmo, consegue expor com clareza as dificuldades enfrentadas pelos habitantes da capital cubana em plena crise econômica enfrentada pelo país na década de 1990. Trata-se da rotina de cidadãos envolvidos com o sexo, o álcool, as drogas e a falta de oportunidades num contexto caracterizado pela corrupção e ausência de liberdade política. Um duro retrato da realidade que pude testemunhar em minha rápida passagem pelo país no final da década de 1990.
A segunda ilha caribenha é o país mais pobre das Américas, aqui ilustrado pelo comovente relato de Edwidge Danticat em Adeus, Haiti. Ao contar a história de sua própria família, a autora transmite a dolorosa herança da pobreza e da violência reinantes no país. Embora não conheça o Haiti, acompanho atentamente as dificuldades enfrentadas pelo país que é o único do continente americano que faz parte do grupo dos países menos desenvolvidos do mundo de acordo com o ranking do Índice de Desenvolvimento Humano, publicado pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento). Além das adversidades históricas, o Haiti tem enfrentado terríveis catástrofes naturais, como o terremoto de janeiro de 2010, além da corrupção sistêmica praticada por políticos inescrupulosos que se alternam no poder. O relato de Danticat me remete a dois comentários de Georges Landau, professor de Relações Internacionais com quem tive o prazer de conviver em minha carreira acadêmica. Tendo vivido no país de 1989 a 1991, a serviço do Banco Interamericano de Desenvolvimento, comentou que “o Haiti não é um país caribenho, é um país da África subsaariana que circunstancialmente está situado no mar do Caribe”. Logo após o terremoto de 2010, Landau disse que “o Haiti não precisa ser reconstruído. O que ele precisa, na verdade, é ser construído. E a partir do zero”. Mesmo com todos esses tristes depoimentos, o livro de Danticat me despertou o interesse de visitar o Haiti, quem sabe para compreendê-lo um pouco melhor.
As próximas paradas serão no continente africano, contemplando também um país que tive oportunidade de conhecer, a África do Sul, e outro em que jamais estive, a Nigéria. O livro sobre a África do Sul, onde estive por duas vezes no espaço de um mês em 1995 para participar de dois diferentes eventos, chama-se Um arco-íris na noite, que tem, como chamada de capa, “a heroica epopeia de uma nação marcada por um pesadelo chamado apartheid“. Seu autor Dominique Lapierre (que por muitos anos escreveu em parceria com Larry Collins e que contou com a colaboração de Javier Moro nas pesquisas sobre a África do Sul) consegue prender a atenção do leitor numa narrativa que começa com a chegada dos holandeses ao continente africano em 1652, prossegue pelos prolongados combates que deram origem ao apartheid e à prisão de Nelson Mandela e acaba com as negociações que levaram à libertação do líder e à histórica eleição que fez dele o presidente do país.
Já o livro sobre a Nigéria, país que ainda não tive chance de conhecer, chama-se A garota que não se calou. Sua autora Abi Daré, nasceu na Nigéria e mora há dezoito anos no Reino Unido onde estudou direito na Universidade de Wolverhampton e fez mestrado em escrita criativa na Universidade de Birkbeck, em Londres. Intercalando informações sobre a Nigéria na epígrafe de diversos capítulos, Daré conta a fantástica história de Adunni, uma menina que perdeu precocemente a mãe que acreditava na educação como a única maneira de não se calar – de não perder a capacidade de falar por si mesma e decidir o próprio destino. Com a morte da mãe, Adunni é, primeiramente, vendida pelo pai aos 14 anos para ser a terceira esposa de um homem ávido para ter um filho do sexo masculino. Como terceira esposa, ela é tratada como serva pelo marido e perseguida pela primeira esposa. Na sequência, ela consegue fugir do casamento arranjado, mas acaba sendo vendida para uma família rica que mora em Lagos, na qual é explorada, surrada e humilhada pela patroa, além de sofrer frequentes ameaças do patrão de assédio sexual. Apesar de todas as adversidades, Adunni mantém a perspectiva de voltar a estudar, a fim de escapar da vida em que nasceu e de construir o futuro que escolheu para si mesma, bem como de contribuir para que outras meninas como ela possam ter uma história diferente.
O continente seguinte da nossa excursão é a Europa, no qual teremos novamente uma parada num país que já visitei, a Itália, e outro em que jamais estive, a Noruega. O livro sobre a Itália, que visitei com a família em 2017, intitula-se Quatro estações em Roma e é de autoria de Anthony Doerr. Com o subtítulo “memórias de um escritor americano na Itália”, o livro é resultado das lembranças dos doze meses que o autor passou na capital italiana em decorrência de ter recebido uma bolsa que incluía ajuda de custo, um apartamento e um estúdio para escrever. O autor, que chega a Roma com a esposa e os filhos gêmeos recém-nascidos, mescla descrições primorosas e situações inusitadas que vão de visitas a praças, monumentos, templos e ruínas até simples idas a padarias, ao açougue e à feira. Percorrendo a sequência das estações em que permaneceu na cidade – outono, inverno, primavera e verão -, Doerr descreve aspectos típicos de cada uma delas, com deliciosas passagens pelos encantos da Cidade Eterna. Entre as lembranças do período em que lá esteve, menção especial à comoção causada pela morte do papa João Paulo II e à eleição do cardeal alemão Ratzinger, que se tornou o 266º papa desde que São Pedro sucedeu a Jesus em 32 d. C., assumindo como papa Bento XVI.
O livro sobre a Noruega (em que ainda não estive, mas tenho enorme vontade de conhecer) chama-se Um de nós e é de autoria de Asne Seierstad, jornalista e escritora norueguesa que se notabilizou como correspondente de guerra atuando em alguns dos principais cenários de combate em várias partes do mundo. Depois de escrever sobre acontecimentos que teve oportunidade de testemunhar em outros países, a autora se debruça neste livro sobre a história de Anders Breivik e do mais chocante atentado terrorista da Noruega. Buscando respostas para perguntas do tipo “Como isso pôde acontecer no país considerado mais pacífico do mundo?”, Por quê?” e “Quem era Anders Behring Breivik, o assassino?”, Seierstad produz não apenas uma reconstrução detalhada e espantosa do maior atentado da história da Noruega, que, em 22 de julho de 2011, vitimou 77 pessoas, mas também um questionamento sobre eventuais falhas do sistema de segurança de seu país, chamando atenção para o despreparo e a falta de articulação dos órgãos de segurança noruegueses, que explicam, em boa parte, como foi possível que um indivíduo agindo isoladamente – e cometendo diversos deslizes em suas ações – conseguisse cometer um atentado de tamanha magnitude.
A etapa seguinte de nossa excursão passa por duas das regiões mais conflituosas do mundo, representadas pelo Afeganistão (que não conheci) e pela Palestina, onde estive em 2010. O livro sobre o Afeganistão, O livreiro de Cabul, também é de autoria da jornalista e escritora norueguesa Asne Seierstad, que viveu por três meses com uma família afegã, na primavera de 2002, logo após a queda do regime talibã. Hospedada na casa de Sultan Khan, livreiro em Cabul que teve sua livraria invadida e parte dos livros queimados, mas que alimentava o sonho de ver seu acervo de 10 mil volumes sobre história e literatura afegã transformar-se no núcleo de uma nova Biblioteca Nacional, Seierstad pôde transitar no meio do universo feminino e masculino de uma sociedade islâmica fundamentalista, descrevendo a vida de personagens que refletem as contradições do Afeganistão, com especial destaque para a rotina, a pobreza e as limitações impostas às mulheres e aos jovens do país. Para melhor compreender a vida no Afeganistão, as oscilações políticas e sua influência na vida da sociedade, recomendo, a título complementar, a leitura de O caçador de pipas e A cidade do sol, ambos de Khaled Hosseini.
O outro comentário é sobre Palestina, livro-reportagem em HQ de autoria de Joe Sacco, no qual relata suas andanças pelo país que vem sendo massacrado há décadas, num dos conflitos mais traumáticos da história contemporânea. O autor consegue transmitir episódios fundamentais para compreender o que vem se passando na região, entre os quais realço os assentamentos e as intifadas. Os preparativos e a viagem que resultaram no livro Palestina se deram entre 1991 e 1992, já nos últimos anos da Primeira Intifada, uma série de levantes da população palestina contra a ocupação de Israel ocorridos entre 1987 e 1993, que só terminaram após a assinatura dos Acordos de Oslo, ficando marcados por diversas cenas de brutalidade do exército israelense e pela população civil atacando os militares com paus e pedras[2]. Tendo tido a oportunidade de viajar à Palestina, Jordânia e Israel em 2010, participando de uma missão estudantil que percorreu parte do Caminho de Abraão[3], faço questão de ressaltar a força dos desenhos contidos no livro, capazes de captar flashes e detalhes que jamais sairão da memória dos que lá estiveram.
A derradeira parte desta excursão abrange dois gigantes asiáticos, Índia e China, cada um representado por dois livros, em vista de seu alto poder explicativo. A respeito da Índia, talvez o país que mais desejo conhecer, começo por A cidade da alegria, também de autoria de Dominique Lapierre. No livro, o autor descreve a realidade de Anand Nagar, um dos bairros mais pobres e superpovoados da alucinante cidade de Calcutá, onde cerca de 300.000 desabrigados vivem em plena rua. Lapierre, que foi levado ao bairro por um puxador de jinriquixá, afirma ter levado o maior choque de sua vida, descobrindo, em meio à feiúra, ao lixo e à lama ali presentes, mais heroísmo, mais amor, mais solidariedade, mais esperança e mais felicidade que em muitas cidades do rico Ocidente. Para tanto, mergulhou durante meses na terrível realidade do bairro, dormindo num cubículo de dois metros por um, sem ventilação nem luz, infestado de ratos, de lacraias. de insetos, invadido pela água e pelo transbordamento de latrinas a cada chuvarada e tendo por vizinhos uma família de tuberculosos e uma comunidade de eunucos. Consegue transmitir uma visão comovente da vida numa das cidades mais miseráveis do planeta.
O segundo livro sobre a Índia é O sári vermelho, de autoria de Javier Moro, um escritor que tem a capacidade de fazer a história compreensível, atendo-se aos fatos, mas redigindo de forma bastante agradável. Neste livro, Moro conta a história de Sonia Ghandi (nascida Antonia Maino), a estudante italiana que, em 1965, aos dezenove anos conhece, em Cambridge, um jovem indiano chamado Rajiv Ghandi, com quem se casa em 1968. Ela é filha de uma família humilde de Turim; ele pertence à estirpe mais poderosa da Índia. Rajiv Ghandi foi primeiro-ministro da Índia de 1984 a 1989, sendo assassinado em 1991, o que já havia acontecido com sua mãe, Indira Ghandi, assassinada com 30 tiros em 1984 por dois sikhs, membros de sua guarda pessoal. Depois de superar a desconfiança – primeiro da própria sogra e depois de parte do povo local – por ser nascida na Itália, Sonia Ghandi assumiu incrível protagonismo na política da Índia, transformando-se numa das mulheres mais poderosas do mundo ao lado da chanceler alemã Angela Merkel.
O último país a ser visitado nessa excursão é a China, que tive chance de conhecer em 2009 como coordenador da missão estudantil da FAAP que esteve em Pequim, Xangai, Hong Kong e Macau. De lá, o primeiro livro é O homem que amava a China, de autoria de Simon Winchester, que tem por subtítulo “a fantástica história do excêntrico cientista que desvendou os mistérios do Império de Centro”. Trata-se de uma visão da atualmente superindustrializada China pelos olhos de Joseph Needham, emérito professor de Bioquímica da Universidade de Cambridge, cujos interesses incluíam de motores a vapor e obras de engenharia civil a religião, danças folclóricas, línguas e companhias femininas. Intrigado com o fato de um país pioneiro em tantas invenções fundamentais para o mundo moderno como a pólvora, a imprensa e a bússola, não ter se industrializado durante o século XIX da mesma forma que os principais países europeus, Needham pôs os pés na China pela primeira vez em 1943. As inúmeras viagens subsequentes às mais longínquas fronteiras daquele império realizadas posteriormente, em plena ocupação japonesa, podem não ter contribuído para que Needham encontrasse resposta para sua indagação, mas permitiram que ele compreendesse o real tamanho do legado chinês para a história da humanidade. Uma história fascinante sobre inovações surgidas na China e que são hoje desfrutadas por toda a humanidade.
Se o primeiro livro que tem a China como pano de fundo focaliza aspectos da inovação tecnológica, o segundo tem o foco nas relações humanas e trabalhistas e se chama A garota da fábrica de mísseis. De autoria de Lijia Zhang e com o subtítulo “memórias de uma operária da Nova China”, trata-se de uma autobiografia na qual a autora – que desde criança, criou o hábito de manter um diário por acreditar que escrever é uma maneira de compreender a vida – narra sua busca pela liberdade política e familiar, no momento em que a China abre suas portas para o capitalismo. Ao mesmo tempo em que descreve como era sua vida na ditadura comunista, Lijia expõe as mudanças comportamentais na China dos anos 1980. Espetacular visão dos conflitos vividos por uma garota que, aos dezesseis anos, foi tirada da escola pela mãe para trabalhar em uma fábrica de armamentos, de onde saíam mísseis projetados para atingir os Estados Unidos e na qual permaneceu por uma década, e os anseios típicos de quem possui outra concepção do mundo e de seus múltiplos atrativos.
Afirmei, no início desta excursão, que a leitura dos livros aqui mencionados me proporcionaram a enorme satisfação de revisitar países em que já estive e de ter uma ideia de outros a visitar, conhecendo aspectos de sua história, sua geografia, sua cultura, sua política, sua economia e suas relações sociais. Espero que os leitores que fizerem esta excursão sintam a mesma satisfação.
Referências e recomendações de leitura
ALLENDE, Isabel. Violeta. Tradução de Ivone Benedetti. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2022.
BRANDÃO, Ignácio de Loyola. O mel de Ocara: ler, viajar, comer. São Paulo: Global, 2013.
DANTICAT, Edwidge, Adeus, Haiti. Tradução de Geraldo Galvão Ferraz. Rio de Janeiro: Agir, 2010.
DARÉ, Abi. A garota que não se calou. Tradução de Nina Rizzi. Campinas [SP]: Verus, 2021.
DOERR, Anthony. Quatro estações em Roma: memórias de um escritor americano na Itália. Tradução de Marcelo Levy. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2017.
GUTIERREZ, Pedro Juan. Trilogia suja de Havana. Tradução de José Rubens Siqueira. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.
HOSSEINI, Khaled. O caçador de pipas. Tradução de Maria Helena Rouanet. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005.
_______________ A cidade do sol. Tradução de Maria Helena Rouanet. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007.
LAPIERRE, Dominique. Um arco-íris na noite. Tradução de Sandra Maria Dolinsky. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2010.
_______________ A cidade da alegria. Tradução de Sieni Maria Campos. Rio de Janeiro: Record, 1985.
MARINO, Marina (org.). Antologia de poesias, contos e crônicas: tempo de voar. São Paulo: Scortecci, 2023.
MORO, Javier. O sári vermelho: a história real da mulher que desafiou a Índia por amor. Tradução de Sandra Martha Dolinski. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2009.
SACCO, Joe. Palestina. Tradução de Cris Siqueira. São Paulo: Veneta, 2021.
SEIERSTAD, Asne. Um de nós. Tradução de Kristin Lie Garrubo. Rio de Janeiro: Record, 2016.
_______________ O livreiro de Cabul. Tradução de Grete Skevik. Rio de Janeiro: Record, 2006.
WINCHESTER, Simon. O homem que amava a China: a fantástica história do excêntrico cientista que desvendou os mistérios do Império do Centro. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
ZHANG, Lijia. A garota da fábrica de mísseis: memórias de uma operária da Nova China. Tradução de Roberto Grey. São Paulo: Reler Editora, 2010.
[1] Versão original e ampliada da publicada na antologia Tempo de voar, organizada por Marina Marino (São Paulo: Scortecci, 2023, pp 71-76 ).
[2] A Segunda Intifada, por sua vez, ocorreu entre 2000 e 2005.
[3] Projeto de William Ury, professor da Harvard University e um dos mais bem-sucedidos negociadores da atualidade, que, inspirado na exitosa experiência do Caminho de Compostela, idealizou uma caminhada pelo trajeto trilhado por Abraão, por meio da qual pessoas do mundo todo possam dar sua contribuição à busca da paz nesta região há tanto tempo marcada por conflitos e conflagrações.
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