O Brasil nas Paralimpíadas de Paris
Quem gosta de esporte e curtiu os recém-concluídos Jogos Olímpicos de Paris poderá voltar a torcer e vibrar a partir de 28 de agosto, quando terão início os Jogos Paralímpicos, também disputados em Paris. Só que, ao contrário do que aconteceu nos Jogos Olímpicos, em que o Brasil ficou no 20° lugar, conquistando 20 medalhas − 3 de ouro, 7 de prata e 10 de bronze −, agora deveremos ficar entre os principais ganhadores, repetindo o que ocorreu em Tóquio em 2021, quando a equipe paralímpica conquistou 72 medalhas − 22 de ouro, 20 de prata e 30 de bronze −, enquanto os atletas olímpicos brasileiros conquistaram 21 medalhas.
Com 72 medalhas conquistadas nas últimas três edições das Paralimpíadas − Londres em 2012, Rio de Janeiro em 2016 e Tóquio em 2021 − o Brasil vem se firmando como uma das maiores potências, permanecendo entre os 10 maiores ganhadores de medalhas.
Essa história de sucesso transformou alguns atletas em ícones do paradesporto mundial, entre os quais vale destacar os nadadores Daniel Dias, André Brasil e Clodoaldo Silva, o arremessador de peso Luís Cláudio Pereira, os velocistas Lucas Prado, Ádria Santos e Terezinha Guilhermina, o judoca Antonio Tenório, o jogador de bocha Dirceu Pinto e a equipe de futebol de cegos, que venceu todas as edições na modalidade.
Com a aposentadoria ou a reclassificação desses atletas, o grande nome da delegação brasileira e grande esperança de conquista de várias medalhas em Paris é a nadadora Carol Santiago, ganhadora de cinco medalhas em Tóquio (três ouros, uma prata e um bronze).
Além da natação, o Brasil participará em Paris nas seguintes modalidades: atletismo, bocha, canoagem. ciclismo, esgrima, futebol de cegos, goalball masculino, remo, taekwondo, tiro com arco, tiro esportivo, vôlei sentado masculino e feminino, e tênis de mesa, de cuja equipe faz parte Bruna Alexandre, que representou o Brasil também nos Jogos Olímpicos.
Entre os fatores que explicam essa diferença de desempenho entre as equipes olímpica e paralímpica encontram-se:
1°) Uma extensa grade de competições espalhadas pelo território nacional, que permite que nossos paratletas mantenham-se competitivos anualmente por um longo período.
2°) A Lei das Loterias, que garante uma parte dos recursos arrecadados pelas loterias para o esporte paralímpico. Mesmo com um orçamento menor do que o esporte olímpico, a boa gestão desses recursos faz toda a diferença.
3°) O Centro de Treinamento Paralímpico em São Paulo, autêntica referência mundial, que oferece uma estrutura de ponta acessível e com tecnologias de última geração.
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